Alegria, animação, diversidade,
esperança. O segundo dia do X Seminário Nacional da Pastoral da Juventude Rural
foi marcado pela partilha de experiências agroecológicas. Pela parte da manhã
os jovens dos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais
apresentaram experiências de agroecologia ligadas a Grupos de Produção e
Resistência.
Momento de estudo sobre agroecologia.
O jovem Gilmário de Monte Santo,
BA, apresentou a experiência do Grupo de Produção e Resistência da Comunidade
Riacho da Onça. O grupo cultiva umbu e beneficia doces derivados desta fruta. Esta
iniciativa de organização envolve seis famílias.
A jovem Beatriz, de Nova Venecia,
ES, apresentou a experiência agroecológica de produção de galinhas onde o
principio é o desenvolvimento da avicultura de base ecológica integrada ao café
conillon no sítio dois irmãos – ES. Esta iniciativa surge da necessidade de
diminuir a mão de obra com capina e roçada, através do biocontrole de plantas
espontâneas, conseqüentemente reduzindo também os custo de produção e na
intenção de aumentar a capacidade produtiva do café potencializando o ciclo
energia interna, a partir dos dejetos depositados pelas aves, condição essa
permitida pelo pastejo rotativo. Com apenas dois anos de experiência esta tecnologia
agroecológica já é adotada por mais famílias do noroeste capixaba.
O jovem Cristiano, de Arroio do
Meio, RS, partilhou sua experiência de cultivo de cana-de-açúcar e produção de
melado. Com meia hectare de terra o jovem camponês gaúcho consegue produzir
cana-de-açúcar, consorciado com pasto. Ele também cria uma vaca para produção de
queijo e um porco para produção de carne.
Cristiano vive com sua mãe e produz melado de cana-de-açúcar, o qual é
vendido em feiras em Arroio do Meio e Lajeado. A renda obtida com o melado,
somado com a produção de alimentação da família é o que garante o sucesso da experiência
agroecológica, que permite a Cristiano não precisar migrar para a cidade. “No
começo as pessoas não acreditavam que seria possível trabalhar sem utilizar
veneno, mas agora a agroecologia é uma realidade” concluiu Cristiano.
O jovem Martin apresentou as experiências
agroecológicas que são desenvolvidas nas parcerias entre o CTA (Centro de
Tecnologias Alternativas) e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Espera Feliz,
que envolvem vários jovens.
Pensar e praticar a agroecologia.
A parte da tarde teve dois
momentos. No primeiro o poeta e agricultor Amauri Adolfo conduziu um momento de
reflexão sobre o corre-corre da vida atual, onde os jovens e as pessoas de
maneira geral não tem tempo para pensar, discernir e cuidar do meio ambiente.
Sentados no gramado verde, debaixo da sombra das árvores, os jovens ouviram
belas palavras deste poeta agricultor; lições de vida sobre o cuidado com a
terra e o próximo.
“Foi importante por que o Amauri
fez a gente pensar sobre o que é agroecologia, e que tem a ver com uma postura
de vida em harmonia entre todos os seres” afirmou o jovem catarinense Maicon
Perdesseti.
No segundo momento da tarde os
jovens visitaram a propriedade que utiliza praticas agroecológicas do Seu
Tibúrcio no interior do município de Espera Feliz. O camponês produz café,
consorciado com banana, feijão, milho e pasto para as vacas. Toda propriedade é
cultivada sem o uso de agrotóxicos. O foco principal da produção de Seu
Tibúrcio é o café, porém o agricultor busca produzir o máximo de produtos para
sua subsistência e também para comercializar na feira do produtor.
Visita a experiência de métodos agroecológicos do Seu Tibúrcio.
“A visita foi muito importante
para saber quais são os desafios de quem produz agroecologicamente. É
interessante perceber que ele consegue fazer toda produção agroecológica,
consegue sustentar sua família e manter um equilíbrio bacana entre agricultura
e meio ambiente” destacou a potiguar Mayara Suelirta.
Momento de animação.
O X Seminário Nacional da PJR
seguirá até o dia 25 de janeiro. Os mais de 100 jovens presentes de diferentes regiões
do país seguem animados discutindo questões pastorais de cuidado da vida dos
jovens e do meio ambiente.
A JUVENTUDE CAMPONESSA ESTA EM SINTONIA, TANTO NO DEBATE COMO NA INCULTURAÇÃO, NAS MUSICAS, DANÇAS, MISTICAS,PARABENS.
ResponderExcluirUBIRAJARA-PJR-FEIRA DE SANTANA-BA