A Mãe terra grita por Agroecologia, Da Mãe Terra Esperança e resistência.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A PJR É DESTAQUE NA TV APARECIDA, NO PROGRAMA VIDA NO SUL

Nos próximos dias 12 e 13 de novembro de 2011, será veiculado no Programa "Vida no Sul" da TV  APARECIDA um especial que abordará músicas e temas ligados a caminhada da Pastoral da Juventude Rural.

O programa foi gravado no Espírito Santo. Músicas como "Não é preciso ser filho de doutor, jovem da roça também tem valor" e outros temas populares estarão no repertório do programa. Haverá também breves entradas com informações e entrevistas sobre o trabalho de organização dos jovens rurais, que deixam o programa interessante e imperdível.

Portanto anote na sua agenda, o programa será exibido no dia 12 de novembro, às 22 horas e no dia 13 de novembro às 23 horas, na TV APARECIDA. Divulgue para sua turma e não perca!

sábado, 22 de outubro de 2011

Jovens buscam alternativas ao latifúndio da celulose no Sul da Bahia.

Josué Souza da Silva, coordenador da PJR em Posto Mata.

A região sul da Bahia é bastante conhecida pelas belas paisagens naturais, praias paradisíacas, rios, cachoeiras, etc. A existência de grandes latifúndios que produzem eucaliptos para a indústria de celulose também complementam este cenário. Quando falamos em latifúndio logo nos vem à imagem de concentração de renda e desigualdade social. Nas localidades de Alcobaça e Posto da Mata, na Diocese de Teixeira de Freitas Caravelas, o latifúndio não gera senão outra coisa, concentração e desigualdade.

Uma concentração de terras das mais antigas do Brasil, já que foi nesta região que os portugueses iniciaram seu processo de colonização em 1500. A desigualdade social evidente e a crença na proposta societária de fraternidade, proposta por Jesus Cristo, é o que anima os jovens Marisvaldo Almeida Santos e Josué Souza da Silva a se organizarem com grupos de jovens e a se articularem com a Pastoral da Juventude Rural.

Marisvaldo, coordenador da PJR em Alcobaça.

A falta de oportunidades de trabalho é constante na região. De acordo com Josué, “O pessoal trabalha na “robal”, que é roubar madeira de eucalipto pra fazer carvão. As terras estão concentradas na plantação de eucaliptos da FIBRIA, e SUZANO. O pólo é voltado para trabalhar dentro as empresas de celulose, mas não tem emprego pra todos, e as pessoas tem que fazer algo pra sobreviver. Há também os produtores de maracujá e também de hortaliças.”

A participação na organização da juventude anima os jovens a viveram esta realidade. “Conviver com o pessoal com se envolve com o campo, que sabe tirar dali o sustento e não mexer com agrotóxicos” são consideradas por Josué como vitórias importantes neste trabalho de pastoral de juventude rural.

Marisvaldo encerra dizendo que “Nossa caminhada motiva a nos engajarmos mais na crença em Jesus Cristo. A fé e a esperança, em prol da evangelização que cada vez mais me dá força e coragem para estar cada vez mais na caminhada”.

sábado, 8 de outubro de 2011

No Paraná jovens rurais rezam sua vida num Acampamento pela Reforma Agrária


No dia onze de setembro de dois mil e onze, nos reunimos com os jovens e as jovens, do acampamento do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), a convite do Reverendo Luiz Carlos Gabas, da Paróquia Anglicana da Ascensão - Cascavel – PR, para realizarmos uma prosa e uma troca de experiências com estes companheiros.

A atividade teve inicio com a mística proporcionada pelos meninos e meninas do acampamento, trazendo elementos sobre o processo de luta para ocupação deste espaço.

Após conhecermos e refletirmos sobre a nossa realidade buscamos lançar sobre ela o nosso olhar cristão. A prosa e o debate tiveram por base a leitura e reflexão de trechos bíblicos. Este momento rendeu um debate muito produtivo, em síntese, os jovens refletiram que o ano da graça do Senhor, seria o ano da socialização de todos (Lv. 25, 8-14). Jesus se posiciona ao lado dos excluídos, e proclama, que é com a partilha entre todos, que se concretizará o ano da graça (Lc. 4, 14-21). Temos por missão proclamar a boa nova de Jesus, a construção do seu reino, e fazer com que todos tenham vida, Ele deixa clara a sua opção pelos pobres, e nossa luta, como cristãos deve ser pela justiça e igualdade, “Eu não consigo entender, achar a clara razão, de quem só vive pra ter, e ainda se diz bom cristão...”, não basta que tenhamos fé em Jesus, é preciso ter a fé e a coragem que Jesus teve, para enfrentar os poderosos a favor do povo oprimido, como cristãos “é nossa obrigação estar atentos a necessidade dos pobres, o além do necessário é devido”.Lutamos por estar nesta condição de excluídos, mas também por acreditar no projeto e na opção de nosso pastor Jesus Cristo.

Os jovens do acampamento, na sua maioria, são filhos de meeiros, que vêem neste espaço uma oportunidade de conquistar um pedaço de chão, para cultivar a terra e produzir a vida. Apesar de todos os conflitos que já enfrentaram para estar ali, e das dificuldades que ainda tem, eles mantêm um vinculo muito forte com este, e vêem nele um espaço de luta para conquista da terra, como relata Valdir, de 28 anos, “No acampamento é onde se pode sentir livre”. A jovem Mônica, de 17 anos, afirma que “no acampamento você tem companheirismo e igualdade, a vida na cidade nunca vai ser melhor que no campo.”

Para encerrar fizemos uma conversa, para ouvir as críticas, os elogios e as propostas sobre a atividade. Os jovens avaliaram que este momento foi muito bom, construtivo, divertido, e que muito contribuiu para que o grupo, onde já se reúnem para atividades mais pontuais, possa ser também um espaço de formação e afirmação da sua identidade, e manifestaram o desejo, de no espaço de fé da igreja anglicana, se constituírem como um grupo de base da PJR. Encerramos o dia com a mística e partilha da palavra, e uma confraternização.

Grupo de vivencia da PJR, do Curso de Licenciatura em Educação do Campo, Unioeste, Cascavel-PR.

Alex Nepel

Cassiano Fávero

Jardel Zanetti

Julia L. Helmer

Lucas Silva

Poliana Dias

Wéster F. Almeida


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Em Santa Catarina, jovens mobilizados contra o uso de agrotóxicos!

Seminários regionais da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida - 12 e 13 de agosto – São Miguel do Oeste - SC


Durante os dias 12 e 13 de agosto de 2011, mais uma passo importante na luta contra os agrotóxicos foi dado pelo comitê da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, do Extremo Oeste Catarinense. Comitê esse formado pela Via Campesina, MPA, MST, PJR, PJMP, MMTU, IFSC Campus de São Miguel do Oeste, Coletivo Sindical, Paróquia São Miguel Arcanjo, IECLB e Pastorais Sociais. Nestes dias foram realizados dois seminários regionais.
As atividades foram realizadas no salão comunitário do Bairro São Sebastião em São Miguel do Oeste.

O seminário do dia 12 foi voltado para população urbana, que prestigio o evento em grande número. No momento foram realizadas duas palestras, a primeira com o membro da Fundação Osvaldo Cruz do Rio de Janeiro, André Burigo que falou sobre as causa e conseqüências do uso de agrotóxicos. E o segundo momento foi com o Engenheiro Agrônomo, Marcelo Leal que palestrou sobre alternativas para produção agrícolas e manejo de culturas sem o uso de agrotóxicos e o modelo de produção Camponês.

Já o segundo dia do evento foi voltado aos camponeses que participaram de três palestras. Primeiramente André Burigo membro da Fundação Osvaldo Cruz apresentou dados sobre o uso de agrotóxico, os problemas causados ao meio ambiente a às pessoas e falou ainda sobre o monopólio que seis empresas possuem sobre a fabricação e distribuição dos venenos no mundo todo. Em seguida o membro da coordenação estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) Marcelo kehl que relacionou os agrotóxicos ao modelo de agricultura chamado de agronegócio. Os agrotóxicos são uma das características intrínsecas do agronegócio, assim como o monocultivo e o latifúndio. O último a se pronunciar foi Marcelo Leal, Engenheiro Agrônomo e membro da coordenação nacional do MPA, que falou sobre a proposta de agricultura das organizações sociais (modelo de produção camponês), com diversidade de culturas, produção sem venenos, cooperação e organização social das famílias.

Durante os dias 12 e 13 de agosto de 2011, mais uma passo importante na luta contra os agrotóxicos foi dado pelo comitê da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, do Extremo Oeste Catarinense. Comitê esse formado pela Via Campesina, MPA, MST, PJR, PJMP, MMTU, IFSC Campus de São Miguel do Oeste, Coletivo Sindical, Paróquia São Miguel Arcanjo, IECLB e Pastorais Sociais. Nestes dias foram realizados dois seminários regionais.

O evento foi bem aceito pela sociedade, participaram dos dois seminários 500 pessoas. Que ao final sugeriram os próximos passos a serem dados pela campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, são eles: organização de seminários municipais, confecção e distribuição de materiais (cartilhas, panfletos e cartazes), hortas escolares orgânicas e debates em escolas, universidades e nos meios de comunicação da região.