A atividade teve inicio com a mística proporcionada pelos meninos e meninas do acampamento, trazendo elementos sobre o processo de luta para ocupação deste espaço.
Após conhecermos e refletirmos sobre a nossa realidade buscamos lançar sobre ela o nosso olhar cristão. A prosa e o debate tiveram por base a leitura e reflexão de trechos bíblicos. Este momento rendeu um debate muito produtivo, em síntese, os jovens refletiram que o ano da graça do Senhor, seria o ano da socialização de todos (Lv. 25, 8-14). Jesus se posiciona ao lado dos excluídos, e proclama, que é com a partilha entre todos, que se concretizará o ano da graça (Lc. 4, 14-21). Temos por missão proclamar a boa nova de Jesus, a construção do seu reino, e fazer com que todos tenham vida, Ele deixa clara a sua opção pelos pobres, e nossa luta, como cristãos deve ser pela justiça e igualdade, “Eu não consigo entender, achar a clara razão, de quem só vive pra ter, e ainda se diz bom cristão...”, não basta que tenhamos fé em Jesus, é preciso ter a fé e a coragem que Jesus teve, para enfrentar os poderosos a favor do povo oprimido, como cristãos “é nossa obrigação estar atentos a necessidade dos pobres, o além do necessário é devido”.Lutamos por estar nesta condição de excluídos, mas também por acreditar no projeto e na opção de nosso pastor Jesus Cristo.
Os jovens do acampamento, na sua maioria, são filhos de meeiros, que vêem neste espaço uma oportunidade de conquistar um pedaço de chão, para cultivar a terra e produzir a vida. Apesar de todos os conflitos que já enfrentaram para estar ali, e das dificuldades que ainda tem, eles mantêm um vinculo muito forte com este, e vêem nele um espaço de luta para conquista da terra, como relata Valdir, de 28 anos, “No acampamento é onde se pode sentir livre”. A jovem Mônica, de 17 anos, afirma que “no acampamento você tem companheirismo e igualdade, a vida na cidade nunca vai ser melhor que no campo.”
Para encerrar fizemos uma conversa, para ouvir as críticas, os elogios e as propostas sobre a atividade. Os jovens avaliaram que este momento foi muito bom, construtivo, divertido, e que muito contribuiu para que o grupo, onde já se reúnem para atividades mais pontuais, possa ser também um espaço de formação e afirmação da sua identidade, e manifestaram o desejo, de no espaço de fé da igreja anglicana, se constituírem como um grupo de base da PJR. Encerramos o dia com a mística e partilha da palavra, e uma confraternização.
Grupo de vivencia da PJR, do Curso de Licenciatura em Educação do Campo, Unioeste, Cascavel-PR.
Alex Nepel
Cassiano Fávero
Jardel Zanetti
Julia L. Helmer
Lucas Silva
Poliana Dias
Wéster F. Almeida
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