Pastoral da Juventude Rural PJR Brasil |
Identidade da PJR
Abril de 2011
A PJR tem a sua Identidade na sua própria denominação: Pastoral da Juventude Rural. Vejamos cada um dos termos:
1. Pastoral:
a. Somos uma Pastoral. Não somos um movimento eclesial e nem um movimento popular. E sempre tivemos um pé na Luta e o outro pé no Evangelho, pois vivemos a interação entre Fé e Vida. Por isso uns nos chamam de “igrejeiros” e outros nos chamam de “só fazer política”.
b. Entendemos por Pastoral a arte de nos colocar a serviço da vida (Jo 10,10), a exemplo de Jesus de Nazaré. Ele teve compaixão do povo, que estava como ovelhas sem pastor, e pede para os discípulos se envolver com sua demanda vital (a fome mata). Jesus nos mostra o caminho que implica em ver o que o povo tem e sabe, depois ajudar para que ele se organize em grupos, base para uma nova convivência, a partilha (cf. Mc 6,34-43)
c. Da práxis de Jesus nasce a nossa opção pelos pobres, pelos injustiçados.
d. Somos cristãs e cristãos dispostos a fazer o seguimento de Jesus de Nazaré, o Cristo. Assumimos-nos como discípulo missionário. Para isto, como Jesus, nos colocamos a serviço do Reinado do Pai.
e. Somos parte da Igreja, de uma Igreja que atua no mundo e para o mundo, como “sal” (sabor que nos motiva), tendo “luz” (rumo, por causa do Projeto) e sendo “fermento” (sujeito que se encarna para fazer a transformação). Estamos na Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) e somos ecumênicos.
f. Desejamos ser uma Igreja diferente (ver os princípios eclesiais) e ajudamos a Igreja a estar presente entre os jovens. Somos juventude evangelizando jovens. Assim nasce a nossa opção pelos jovens, especialmente pelos jovens empobrecidos.
g. ...
2. Da:
a. O “da” indica que é a juventude o sujeito desta sua organização pastoral. Não somos uma “ala jovem”, nem “tarefeiros” e nem “conduzidos por tios”.
b. Somos um espaço juvenil, com seu olhar, animação e protagonismo. Não pretendemos atuar “para a” juventude.
c. Propomos a construir “com a” juventude uma saída para os seus problemas. Somos juventude nos conscientizando, porque refletimos sobre a nossa ação.
d. Nossa atuação é a partir “da” juventude.
3. Juventude:
a. Compreendemos os jovens como destinatários de nossa missão (vide no texto da missão).
b. Ser jovem é um momento da vida (ciclo), que começa com a puberdade (ou adolescência) e termina com uma opção social (emprego, casamento, ...).
c. Os jovens estão num momento propicio de quebra do censo comum em vista da formação de sua consciência e isto leva para relações de vida grupal, entre seus iguais, em vista de experiências e com postura de rebeldia.
d. Mas Juventude é uma categoria social. Ela implica em jovens organizados e com uma causa. Neste sentido ela se torna, ao mesmo tempo, uma representação sociocultural, uma situação social, e sujeito coletivo de transformação.
e. ...
4. Rural:
a. Rural indica o jeito de viver no campo, com a roça, enfim, é ser camponês e camponesa que vive e convive com a terra.
b. A expansão agrícola produtora de commodities introduz monocultivos, que mais parecem desertos verdes, afetando a flora e a fauna, destruindo assim a biodiversidade existente, e vem ainda acompanhada do uso intensivo de agrotóxicos que contaminam os solos, as plantas e a água, e, indiretamente, os animais e as pessoas. Este alardeado avanço tem efeitos perversos sobre o ambiente e colocam em risco a soberania alimentar.
c. Os camponeses têm o campo como um lugar de vida e não como um lugar de negócio.
d. Temos a roça policultivada como uma interação com a natureza e compreendemos o planeta terra como alguém quer precisa de cuidado. A terra Gaia. Ela é nossa Mãe Terra.
e. Somos juventude camponesa: queremos viver no campo e da roça. Assumimos a arte da agricultura camponesa, do seu cuidado com as sementes crioulas, com as fontes e mananciais, ...
f. O rural aponta para a nossa especificidade e numa sociedade em processo de urbanização: somos diferentes e por isto apelidados de atrasados, de Jeca”, por exemplo, o que fere a nossa auto-estima. Alguns jovens procuram rendem a negar a sua raiz negando seu ser roceiro, camponês; outros preferem dizer que moram na “zona rural”. Desde 1983 ressoa um grito: Jovem da roça também tem valor!
g. Sabemos que, como camponeses, temos uma cultura própria e, ao mesmo tempo, de que ela é múltipla, pois o jovem da caatinga é diferente do jovem do cerrado, que é diferente do jovem do pampa, que são diferentes de outros jovens. Os biomas fazem parte de nossa identidade.
h. ...
Integramos tudo isto com a nossa mística, que se tornou expressão de nossa identidade. Na PJR a mística é o entrelaçamento de três raízes, que formam a trança de nossa identidade, a saber: a Camponesa, a Cristã e a Luta Popular. É ela que alimenta o fazer história de nossa Identidade.
Para baixar o texto acesse: http://www.4shared.com/document/cCovFO2-/Identidade_da_PJR_vf.html
Para baixar o texto acesse: http://www.4shared.com/document/cCovFO2-/Identidade_da_PJR_vf.html
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