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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Identidade da PJR


Pastoral da Juventude Rural
PJR Brasil




Identidade da PJR

Abril de 2011

A PJR tem a sua Identidade na sua própria denominação: Pastoral da Juventude Rural. Vejamos cada um dos termos:
1.     Pastoral:
a.     Somos uma Pastoral. Não somos um movimento eclesial e nem um movimento popular. E sempre tivemos um pé na Luta e o outro pé no Evangelho, pois vivemos a interação entre Fé e Vida. Por isso uns nos chamam de “igrejeiros” e outros nos chamam de “só fazer política”.
b.     Entendemos por Pastoral a arte de nos colocar a serviço da vida (Jo 10,10), a exemplo de Jesus de Nazaré. Ele teve compaixão do povo, que estava como ovelhas sem pastor, e pede para os discípulos se envolver com sua demanda vital (a fome mata). Jesus nos mostra o caminho que implica em ver o que o povo tem e sabe, depois ajudar para que ele se organize em grupos, base para uma nova convivência, a partilha (cf. Mc 6,34-43)
c.     Da práxis de Jesus nasce a nossa opção pelos pobres, pelos injustiçados.
d.     Somos cristãs e cristãos dispostos a fazer o seguimento de Jesus de Nazaré, o Cristo. Assumimos-nos como discípulo missionário. Para isto, como Jesus, nos colocamos a serviço do Reinado do Pai.
e.     Somos parte da Igreja, de uma Igreja que atua no mundo e para o mundo, como “sal” (sabor que nos motiva), tendo “luz” (rumo, por causa do Projeto) e sendo “fermento” (sujeito que se encarna para fazer a transformação). Estamos na Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) e somos ecumênicos.
f.      Desejamos ser uma Igreja diferente (ver os princípios eclesiais) e ajudamos a Igreja a estar presente entre os jovens. Somos juventude evangelizando jovens. Assim nasce a nossa opção pelos jovens, especialmente pelos jovens empobrecidos.
g.     ...
2.     Da:
a.     O “da” indica que é a juventude o sujeito desta sua organização pastoral. Não somos uma “ala jovem”, nem “tarefeiros” e nem “conduzidos por tios”.
b.     Somos um espaço juvenil, com seu olhar, animação e protagonismo. Não pretendemos atuar “para a” juventude.
c.     Propomos a construir “com a” juventude uma saída para os seus problemas. Somos juventude nos conscientizando, porque refletimos sobre a nossa ação.
d.     Nossa atuação é a partir “da” juventude.
3.     Juventude:
a.     Compreendemos os jovens como destinatários de nossa missão (vide no texto da missão).
b.     Ser jovem é um momento da vida (ciclo), que começa com a puberdade (ou adolescência) e termina com uma opção social (emprego, casamento, ...).
c.     Os jovens estão num momento propicio de quebra do censo comum em vista da formação de sua consciência e isto leva para relações de vida grupal, entre seus iguais, em vista de experiências e com postura de rebeldia.
d.     Mas Juventude é uma categoria social. Ela implica em jovens organizados e com uma causa. Neste sentido ela se torna, ao mesmo tempo, uma representação sociocultural, uma situação social, e sujeito coletivo de transformação.
e.     ...
4.     Rural:
a.     Rural indica o jeito de viver no campo, com a roça, enfim, é ser camponês e camponesa que vive e convive com a terra.
b.     A expansão agrícola produtora de commodities introduz monocultivos, que mais parecem desertos verdes, afetando a flora e a fauna, destruindo assim a biodiversidade existente, e vem ainda acompanhada do uso intensivo de agrotóxicos que contaminam os solos, as plantas e a água, e, indiretamente, os animais e as pessoas. Este alardeado avanço tem efeitos perversos sobre o ambiente e colocam em risco a soberania alimentar.
c.     Os camponeses têm o campo como um lugar de vida e não como um lugar de negócio.
d.     Temos a roça policultivada como uma interação com a natureza e compreendemos o planeta terra como alguém quer precisa de cuidado. A terra Gaia. Ela é nossa Mãe Terra.
e.     Somos juventude camponesa: queremos viver no campo e da roça. Assumimos a arte da agricultura camponesa, do seu cuidado com as sementes crioulas, com as fontes e mananciais, ...
f.      O rural aponta para a nossa especificidade e numa sociedade em processo de urbanização: somos diferentes e por isto apelidados de atrasados, de      Jeca”, por exemplo, o que fere a nossa auto-estima. Alguns jovens procuram rendem a negar a sua raiz negando seu ser roceiro, camponês; outros preferem dizer que moram na “zona rural”. Desde 1983 ressoa um grito: Jovem da roça também tem valor!
g.     Sabemos que, como camponeses, temos uma cultura própria e, ao mesmo tempo, de que ela é múltipla, pois o jovem da caatinga é diferente do jovem do cerrado, que é diferente do jovem do pampa, que são diferentes de outros jovens. Os biomas fazem parte de nossa identidade.
h.     ...

Integramos tudo isto com a nossa mística, que se tornou expressão de nossa identidade. Na PJR a mística é o entrelaçamento de três raízes, que formam a trança de nossa identidade, a saber: a Camponesa, a Cristã e a Luta Popular. É ela que alimenta o fazer história de nossa Identidade.


Para baixar o texto acesse: http://www.4shared.com/document/cCovFO2-/Identidade_da_PJR_vf.html

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