A Mãe terra grita por Agroecologia, Da Mãe Terra Esperança e resistência.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Como a PJR se organiza

Grupo de Jovens ou Experiências Específicas

            O agrupamento de jovens rurais e seu engajamento nas comunidades é uma razão da existência da PJR no Brasil. Outra, que se junta a esta, é a articulação a partir de experiências concretas que reúnem jovens para, quer seja a produção e a comercialização de seus produtos agrícolas, quer seja para lutas agrárias comuns (exemplo: contra barragens, reforma agrária, assentamentos, cooperativas, etc.).
            A partir de seu engajamento em várias esferas da comunidade e em organizações não governamentais, o jovem rural se encontra em grupos específicos para refletir a sua ação, bem como as suas questões fundamentais. E o faz de uma forma avaliativa-celebrativa, renovando esperanças, vencendo angústias, marcando seu tempo e sua luta.
            A Equipe de Coordenação Micro Regional, quer sejam grupos ou experiências, tem papel fundamental na missão de apresentar a PJR como espaço próprio e específico para a Juventude Rural. Esta Equipe deve ser força representativa de todas as realidades rurais envolvidas na micro região em que se situa. Um destaque que aqui se pode fazer é quanto à participação na estrutura pastoral da Igreja Local (Paróquia e/ou Comunidades), o Jovem Rural deve estar aí com sua visão de mundo e sua mística própria da terra, contribuindo conjuntamente para o crescimento do Reino de Deus.
            É na Micro Região onde todo o processo representativo inicia. Portanto, a PJR, busca formar Equipes de Coordenações por Micro Região onde a representatividade das experiências, das lutas e dos grupos se juntam para a formação, a conscientização, o repasse de informações e a solidariedade das ações. Estas Equipes Micro Regionais devem por sua vez manter contato direto com a Secretaria Nacional e /ou representantes para articularem-se com todo o processo de caminhada da PJR.
            A nível estadual também busca-se formar uma coordenação de articulação e de representação. Esta Coordenação discute as linhas gerais, garante a aplicação dos Princípios Orientativos e se torna ligação entre os Jovens da Roça e a Coordenação Nacional. Portanto, é nesta Coordenação onde os gritos e as necessidades dos Jovens Rurais tomam corpo e são levados à instância nacional. Aqui também é espaço de formação e de celebração.
            A PJR se articula também, a nível regional e nacional, igualmente de forma representativa, na estrutura da Pastoral da Juventude do Brasil. Trazendo à esta estrutura organizativa suas lutas específicas e contribuindo com o processo de atuação junto a juventude brasileira.
            Outra forma organizativa, também de forma representativa, como entidade da roça, a PJR participa de atividades conjuntas com os movimentos mais autênticos de luta do campo. Exemplo dessa articulação e participação é o Congresso da Juventude Rural e, juntamente com outras entidades, na Via Campesina.
            Toda esta estrutura visa tornar a ação mais ágil e a partir das reais necessidades da Juventude Rural. Portanto, toda esta estrutura está em constante avaliação e assim garante-se a perspectiva e a liberdade do surgimento de outras formas organizativas desde que articuladas com estes Princípios Orientativos.
            A nível Nacional a PJR tem uma Coordenação que é formada por representantes escolhidos pelas Coordenações de cada Estado e cabe a esta Coordenação Nacional sistematizar a caminhada, qualificando o processo a partir dos grandes desafios atuais para a Juventude Rural. É tarefa da Coordenação Nacional definir as bandeiras de luta e encaminhar as deliberações da Assembléia Nacional, portanto, as grandes movimentações da caminhada são planejadas nesta instância considerando as linhas gerais da Pastoral da Juventude do Brasil e a metodologia própria da Juventude Rural. O avanço orgânico da caminhada e da atuação, bem como a sistematização deste processo, também são pontos de reflexão da Coordenação Nacional. Acrescenta-se ainda, a esta Coordenação, a responsabilidade de acompanhamento às Escolas Permanentes de Formação.
            Da Coordenação Nacional são escolhidos os membros para representarem a PJR na Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude do Brasil.
            Merece destaque ainda dentro do funcionamento da PJR:
            COMISSÃO NACIONAL DE ASSESSORES
            O serviço de assessoria tem sido uma das prioridades que a PJR tem em seu trabalho. E o faz por compreender a importância deste acompanhamento junto a Juventude Rural. O papel da assessoria não é definir a caminhada, mas ser parceria no processo de organização e atuação, colocando-se ao lado dos anseios mais legítimos dos jovens para ajudar na reflexão e nas possibilidades de encaminhamentos. Neste sentido, procura-se dar atenção aos agentes que têm disposição para este serviço envolvendo-os progressivamente em todo o processo. Hoje a PJR já começa a colher frutos de assessorias a partir do processo interno de formação e militância.
            No nível Nacional os assessores se reúnem e formam a Equipe Nacional de Assessores, sendo que, três deles, de forma colegiada, acompanham a Coordenação Nacional da PJR e, um destes, representa a Equipe Nacional de Assessores da PJR junto a Comissão Nacional de Assessores da Pastoral da Juventude do Brasil.
            SECRETARIA NACIONAL
            A Secretaria Nacional funciona na perspectiva de cuidar da documentação e do registro da caminhada da PJR. Além de fazer os encaminhamentos previstos pela Coordenação Nacional. A PJR tem claro que a Secretaria Nacional deve ser espaço de referência e respaldo para a Juventude Rural, para isso, avalia constantemente os direcionamentos e os trabalhos realizados nesta instância.
            Também é tarefa da Secretaria Nacional promover a articulação da PJR com as demais pastorais, movimentos e serviços eclesiais, bem como os ligados ao movimento social.
            A Secretaria acompanha as atividades da Coordenação Nacional e está ao par de toda a caminhada, uma vez que ela é parte integrante desta Coordenação.
            A Secretaria cuidará também de manter disponível material de apoio e de formação para atender a pedidos e demandas.
            ASSEMBLÉIA NACIONAL
            A Assembléia Nacional acontece de três em três anos e é a instância máxima de reflexão e decisão da caminhada. É na Assembléia onde se define as linhas gerais de ação e onde se delibera sobre questões que incidam na caminhada da PJR. A Assembléia é também um espaço de formação e troca de experiências do processo e do projeto desenvolvido.
            SEMINÁRIO NACIONAL
            Este é um dos espaços mais privilegiados de formação dos militantes e assessores. O tema de estudo é definido pela Coordenação Nacional, a partir da caminhada, das necessidades de estudo e da análise da Equipe de Assessores.

            ESCOLAS PERMANENTES
            Surgidas como resposta à necessidade de formação sistemática, as Escolas Permanentes são coordenadas por uma Equipe escolhida pela Coordenação Nacional e formada por militantes e assessores. Sendo porém que a abertura de novas turmas e/ou Escolas são decididas na Coordenação Nacional. A grade curricular e a metodologia de trabalho e de estudo seguem uma programação comum adaptada porém à realidade de cada Região.
           
Esta estrutura quer ser resposta às intenções do conjunto da PJR a fim de que se proporcione um serviço maior e melhor à juventude Rural do Brasil. Neste sentido, é sempre necessário avaliação constante da caminhada e da própria forma como as instâncias internas encaminham e executam as atividades.